sábado, agosto 05, 2006

O Alentejo

Com uma paisagem colorida, enormes estradas e deslumbrantes localidades com as suas habitações caiadas, o Alentejo é considerada uma das regiões mais pitorescas de Portugal. Ocupa quase um terço do território e tem o seu início a uma hora de viagem a norte de Lisboa e termina já nas montanhas do Algarve, tendo Espanha como vizinha ao longo do seu território.
O Alentejo tem mais encantado na Primavera, quando as flores selvagens enchem as valas e cobrem a terra de pousio. As cegonhas constroem os seus ninhos no cimo dos telhados e os pastores embalam os cordeiros recém-nascidos, fornecendo aos visitantes uma viva impressão daquilo que é o Portugal real.
Há centenas de anos, a região foi um campo de batalha, primeiro contra os Mouros e posteriormente contra os invasores espanhóis. Nesta terra pisada, as colheitas não tiveram tempo para crescer devido aos exércitos, que por ali, iam passando. Mas actualmente é uma província muito fértil, que produz mais de dois terços de cortiça em todo o mundo.
No coração da região, Évora, a cidade com muralhas, é uma excelente fonte para quem pretenda explorar cidades longínquas. Orgulhosa como sendo a maior cidade do Alentejo, vangloria-se do Templo Romano e do impressionante templo gótico.
Elvas, próxima da fronteira espanhola, é a maior fortaleza do País. As suas principais atracções incluem uma catedral Manuelina e diversos azulejos que pontificam nas telhas vitrificadas da igreja Matriz. A 7 quilómetros da cidade está o Aqueduto da Amoreira.
Os habitantes de Estremoz preservaram a excêntrica zona antiga da cidade, onde se destaca a torre de menagem e o castelo. O Baixo Alentejo está rodeado por fortificações, onde se inclui a igreja gótica do Convento de São Francisco.
Outros lugares de interesse no Alentejo são a bonita cidade de Portalegre, Montemor-o-Novo, Monsaraz e Mértola.
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Você sabia que tudo que começa com "al" ou "el" são locais que inicialmente foram conquistados pelos árabes, mas depois os mouros tomaram e por fim Portugal foi unificado? Exemplos: Algarve, Alentejo...
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Veja também:
http://www.portugaltravelguide.com/pt/alentejo

quinta-feira, agosto 03, 2006

Quarto Dia da Digressão a Portugal I

10/julho/2006 Recepção na Câmara Municipal
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Neste dia nosso grupo foi calorosamente recepcionado pelo Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Sr. Carlos Pinto de Sá. Na ocasião recebemos uma reprodução da gravura de Pier Maria Baldi feita quando da viagem de Cosme de Médicis pela Espanha e Portugal (1668-69), sendo esta a mais antiga representação da vila de Montemor-o-Novo.

veja também: http://www.portugalvirtual.pt/_tourism/plains/montemor.novo/ptindex.html www.cm-montemornovo.pt


quarta-feira, agosto 02, 2006

Culinária!

Sabores do Alentejo!
Foi uma experiência de novos sabores e uma prova de amizade! Tenho que deixar algo registrado como forma de agradecimento pelo carinho com que vocês todos prepararam nossas fartas refeições e nossas cestas de piquenique. Mais uma vez muito obrigado e tenham certeza que todos voltamos com "excesso de bagagem".
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Tudo estava muito delicioso! .
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Sabor a Alentejo
(Manuel Justino)
Um gosto a imensidade,
Ternura em lugar comum.
O sabor do feijão frade
Com uma lata d´atum!
Sobre a toalha de linho
Pão caseiro, ainda mole.
Queijo, azeitonas,
vinho E torresmos do “rissol”!
Quando de sol te vestes Tens,
velho monte onde habito,
Fato de flores silvestres
E cheiro a toucinho frito!
É poema...tradição
Das receitas mais antigas!
Com entrecosto ou lacão
Que belas...que ricas migas!
Nesta terra meio esquecida
A solidão se combate...
À tardinha,
após a lida,
Com uma sopa de tomate!
Sem qualquer receio arrisco,
Cá na minha opinião...
Qu´é bem melhor que o marisco
Sopa de massa e feijão!
Vida, quero-te implorar,
Pedindo que me concedas...
Que não morra sem provar
Umas fatias azedas!
É como subir ao céu
Afirmam todos que o provam...
Mas que gostoso pitéu
Coelhinho “à São Cristóvão”!
Não há um sabor assim
Com tamanha tradição!
É comer até ao fim...
Batatas de rebolão!
A estes actos de fé
Não há boca que se feche...
Sardinha à Padre Zé
E carapaus de escabeche!
(poema lido na sessão cultural por José Bexiga) . .
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Receitinhas
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. Leite Creme da Verinha
(receita testada e aprovada)
- 1 litro de leite -
5/6 gemas (bem amarelas)
- 200 gramas de açúcar
- 6 colheres de sopa (bem cheias) de farinha maisena
- 2 cascas de limão.
Mistura todos os ingredientes com uma varinha mágica, junta depois as cascas de limão e leva a lume médio para engrossar, sempre mexendo. Apaga depois de levantar fervura, coloca num recipiente, polvilha com bastante açúcar e queima com ferro quente.
(traduções: varinha mágica – mixer, lume - fogo, ferro quente - tipo de aquecedor que neste caso queima o açúcar dando um aspecto bonito ao prato.) .
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Bacalhau à moda da Madrinha
(Receita que comi na casa dos padrinhos, Bexiga e São)
Cozer e desfiar duas postas altas de bacalhau,
Desfiar à Aurora,
Fazer um refogado e juntar batata fritas com 1 ou 2 colheres de sopa de farinha de trigo,
Juntar 5 ou 6 ovos batidos com 1 copo de “batidos” de leite.
Mexer tudo até formar um creme.
Vai ao forno coberto de tosta ralada (nossa farinha de rosca)
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Veja também:
http://www.gastronomias.com/portugal/alentejo.html

terça-feira, agosto 01, 2006

Terceiro Dia da Digressão a Portugal II

09/jul/2006
Tarde Cultural na Carlista
A seguir vou tomar a liberdade de teclar Cntrl C e Ctrl V no texto do João Luis sobre a peça que assistimos na Sociedade "Carlista". A boda, de Berthhold Brecht.
Uma bebedeira de Teatro
João Luis Nabo
Berthold Brecht assistiu a vários horrores que a História condenou (os genocídios de Hitler e Estaline), mas que continua hoje a repetir. Por isso, foi sempre um não-alinhado politicamente, sem que tal opção jamais o tivesse impedido de ser sempre um defensor das classes trabalhadoras. Se outras razões não houvesse, há uma que justifica o facto de ser cada vez mais importante encenar (e ver Brecht): para além de se aprender com os seus textos universais e com os seus trabalhos de dramaturgia é, sobretudo, na diversão que ele coloca a tónica das suas mensagens. Muitas das personagens (e não só na Boda) são ridículas e, por isso, risíveis, carregando em si o dramático e o cómico roubados à Commedia dell’ Arte.Como acontece na Boda dos Pequenos Burgueses, levada à cena pelo Theatron, já com diversas récitas no momento deste curto apontamento, há a intenção de mostrar ao público os seus próprios erros, as suas misérias e (poucas) grandezas. O desmantelamento dos móveis do cenário, firmes e coesos apenas de forma aparente, remete-nos metaforicamente para a hipocrisia e falsidade de uma determinada classe social e para a pouca consistência das relações entre os pequenos burgueses da peça, amigos do casal recém-unido pelo matrimónio mas a quem tudo falta para ser feliz: o pai/sogro, paralítico e dependente, incomoda com as suas inoportunas intervenções, muitas vezes sem qualquer ponto de contacto com o presente; a mãe/sogra mostra-se (ou finge estar) continuamente alheada dos conflitos vividos por aquele grupo de pessoas; a irmã/cunhada tem como objectivo na vida apenas passar alguns bons momentos com amigos homens; finalmente, os amigos vivem em permanente conflito e a sua transparência só se torna possível depois de vários copos de vinho e ponche - “Vamos beber mais um copo” poderia ser quase um mote a que todos vão reagindo prontamente, para celebrar, para esquecer ou, apenas, para manter o estado de alienação do qual preferiam não sair. Dentro desta curta, mas forte, história de Brecht, muitas estórias pessoais se entrecruzam durante o jantar, deixando cair por terra os véus que cobrem as personagens, revelando as suas mais contraditórias duplicidades e angústias. Ao chegarem ao final, desnudam-se por completo perante um público que acompanha, em tempo real, esta história que poderia ter sido escrita… ontem mesmo. A Boda não será mais que um reality-show avant la lettre, só possível na genial capacidade criativa e visionária do dramaturgo alemão. A Associação Theatron que, corajosamente, levou à cena esta peça, tem os actores certos para as personagens certas. A encenação de Hugo Sovelas é cuidadosa e, o que é pouco habitual nestas produções de amadores, democrática. A preocupação foi – e continuo no campo das meras conjecturas - que cada actor compusesse livremente a sua personagem, dados que foram, decerto, os limites. (O Hugo costuma confiar nos seus actores.) É mais um excelente trabalho deste jovem actor/encenador que permitiu composições fantásticas de um elenco que funcionou com base numa profunda empatia e para quem Teatro é sinónimo de Prazer. Sem prejuízo dos restantes actores, destaco as excelentes interpretações de um quase estreante, mas magnífico, António Coelho (foram buscá-lo ao Berliner?) e dos veteranos Bernardino Samina, João Macedo e Zara Sampaio que, neste registo de tragicomédia, nos trouxeram, talvez, as composições mais densas e elaboradas da sua carreira. À pergunta sacramental que precede cada nova encenação, que Boda e que Brecht para os dias de hoje, e, neste caso, para uma cidade portuguesa chamada Montemor-o-Novo, Hugo Sovelas, Maria João Crespo (responsável pela adaptação do original) e aquele núcleo de actores deram a resposta certa: a decadência daquele grupo de pessoas é o espelho da nossa própria decadência. Quer se aceite ou não.
.Veja também: http://actheatron.blogspot.com/.

Terceiro Dia da Digressão a Portugal I

09/jul/2006
Passeio Megalítico
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Megalítico Datação1873 cf. DV Acepções■ adjetivo 1 característico de megálito
Ex.: civilização m., povos m., era m. 2 constituído de um ou vários megálitos (diz-se de monumento) Ex.: túmulo m. Etimologiamegálito + ico; ver 2mega- e 1-lítico; f.hist. 1873 megalithico veja também:
http://www.ippar.pt/patrimonio/itinerarios/alent_algarve/itin_escoural.html
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(1) Ne e Dino compenetrados e empenhados com as explicações; (2) Estivemos aqui em Escoural (3) Pai Natal (Ismael) e Edgard dando uma forcinha (4) a parte da turma no passeio.

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