sábado, agosto 12, 2006

Quinto Dia da Digressão a Portugal I

11/julho/2006
Visita a Cidade de Lisboa
Se foi no Castelo que tudo começou, a história encontra-se em toda a cidade. Com mil anos de história, Lisboa está repleta de monumentos de grande importância, que traduzem alguns dos momentos mais fundamentais da história nacional. Capital de Império, Lisboa teve o seu expoente máximo de riqueza na época dos Descobrimentos, assegurando um património único de uma beleza rara. Bem perto do Castelo, na Graça, encontra-se a Igreja e Mosteiro de S.Vicente de Fora, um dos mais imponentes e notáveis monumentos religiosos da cidade. Construído logo a seguir à conquista da cidade aos mouros, foi o resultado de um voto do rei D.Afonso Henriques a S.Vicente durante o cerco à cidade em 1143. Bem perto, podemos dar de caras, se for terça-feira ou sábado, como uma das mais populares e concorridas feiras da cidade, a Feira da Ladra. Com tudo e mais alguma coisa, descobrem-se as coisas mais inúteis e velhas, mas a maior parte das vezes irresistíveis, assim como antiguidades preciosas. É um verdadeiro passeio cultural. Descendo até Santa Apolónia e percorrendo essa zona ribeirinha, encontramos um original edifício, a Casa dos Bicos (século XVI). Os tais bicos que lhe dão o nome vêm da sua fachada talhada em ponta de diamante. À peculiaridade estética do edifício, com influências italianas aliadas a elementos de estilo manuelino, juntase a importância histórica de ter pertencido a Afonso de Albuquerque, vice-rei da Índia, e por terem sido encontrados vestígios arqueológicos romanos. Continuando pela zona ribeirinha, chegará àquele que é o bairro mais paradigmático em termos de património relacionado com os descobrimentos: Belém. Foi da sua praia, que partiram as naus do navegador Vasco da Gama à descoberta do caminho marítimo para a Índia e em todo o lado se respira a grandeza do outrora império. Como num dos ex-libris da cidade, o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir em 1501 por iniciativa do rei D.Manuel I e que só cem anos mais tarde viria a estar concluído. Implantado na grandiosa Praça do Império, o monumento integra elementos arquitectónicos e decorativos do gótico tardio e do renascimento, constituindo-se como um dos mais belos e grandiosos monumentos da capital. A estes elementos arquitectónicos juntaram-se motivos régios, religiosos, naturalistas e náuticos, fundando-se um edifício considerado a jóia do estilo manuelino, exclusivamente português. A excelência arquitectónica é evidente, tendo sido reconhecido como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO. Hoje, nas alas do antigo mosteiro, estão instalados o Museu da Marinha, fundamental para conhecer um pouco da história náutica portuguesa, e o Museu de Arqueologia. A igreja do mosteiro, a Igreja de Santa Maria de Belém, é um templo magnífico de três naves sustentadas por elegantes pilares que se articulam com uma abóbada ogivada, bela e única. A luminosidade, pelos filtros que os vitrais fazem dos raios solares, é extraordinária, tendo um carácter quase irreal. Os túmulos de Vasco da Gama e do poeta épico Luís de Camões encontram-se aí. O visitante sente-se simplesmente ultrapassado pela beleza e grandeza associadas à história, à fé, mas também pelo conhecimento e determinação que moveu a cultura portuguesa.
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Ao fundo o Mosterio dos Jerônimos

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Ruas de Lisboa

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Ao fundo, ponte 25 de Abril

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Muito prazer, eu sou Fernando...

Veja também:

http://www.atl-turismolisboa.pt/


Quarto Dia da Digressão a Portugal II

10/julho/2006
Arraiolos
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Arraiolos é uma vila portuguesa no Distrito de Évora, região Alentejo com cerca de 3500 habitantes e é conhecida pela confecção dos tapetes arraiolos.
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A fundação da cidade, que remonta ao séc.II a.c., foi atribuída a Sabinos, Tusculanos e Albanos e tem segundo vários autores, o nome derivado do governador grego: Rayeo ou Rayo, que nestas terras foi senhor, " Terras de Rayo ", e que, posteriormente, por sucessivas transformações viria a dar: " Rayolo ", " Arrayollos ".
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O Bordado de Arraiolos é um tipo de decoração que cobre totalmente o tecido onde é executado. (Pode ser feito com linho ou juta.)
O Bordado é realizado a fios contados na tela, e a aplicação das lãs com diferentes cores e variadas tonalidades permite que, por meio do Bordado de Arraiolos, possam produzir infinitas combinações policromáticas. Neste trabalho de Arraiolos pode-se aplicar padrões de composições dos mais variados desenhos antigos e modernos de todas as origens e culturas.
Para executar uma peça bem bordada de Arraiolos é importante seguirem os preceitos obrigatórios, já que é um trabalho que requer um pouco de paciência e não lhe permite começar e terminar no mesmo dia.
No Bordado de Arraiolos não existe a estampagem do desenho na tela, trabalho este que é composto com um desenho aparte em papel. Por exemplo, os tapetes mais primitivos revelam-nos uma surpreendente habilidade na adaptação dos motivos e no matizado da cor, já que estes respondiam à capacidade de quem executa a peça.
Ao visitar os museus poderá constatar que alguns tapetes de trabalho erudito apresentam erros na dimensão e na composição dos motivos. "Imperfeição no bordado."Mais tarde os tapetes reproduzem-se com os desenhos copiados por motivos em papel vegetal, que são passados para a tela com o auxilio do papel químico, eram calcados e os motivos apareciam graficados na tela.
Na transição duma época para outra começam a melhorar a técnica e a cor em alguns exemplares; o desenho passa a ser feito em papel quadriculado e deve estar frente ao executante.
Cada quadradinho do desenho representa um ponto que vai bordar. O desenho era feito por meio de sinais ou símbolos em papel e representados em branco e preto todos os pontos a bordar.
Os símbolos compõem o desenho e definem os diferentes elementos decorativos. A cor estava representada por símbolos diferentes. E só se fazia uma quarta parte do tapete desenhado e as outras partes eram copiadas pela bordadeira directamente na tela.
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Fotos da nossa visita
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Convento dos Loios
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Arraoiolos - Castelo

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Veja também:
http://www.flickr.com/photos/vitor107/sets/1419519/
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Neste dia visitamos o Museu de Arqueologia de Montemor o Novo
Veja também: http://museumontemor.com.sapo.pt
e http://montemoronovo.canalblog.com/
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